quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Super herói

Saiu cedo do seu casebre puxando a sua carroça. Duas ou três quadras dali já começa a encontrar caixas, papelão, latas, e outros artigos que irá revender mais tarde. A todo momento, carros passam raspando ao seu lado. Perto do meio dia, ele pára para descansar numa sobra ao lado de um restaurante. Todos os dias no mesmo restaurante. E todos os dias ele tem a esperança de ser convidado a entrar. Hum, quem sabe amanhã. À tarde volta a vagar pela cidade, à procura de mais material. Mais carros passam raspando. Ao cair da tarde, o nosso herói retorna a sua maloca. E assim encerra-se mais um dia do homem invisível.

Um comentário:

Marcus Santiago disse...

Já escrevi um conto com o título bem parecido... Muito bom... é bem a realidade...