sábado, 7 de junho de 2008

Ausência

Sérgio chega finalmente em sua casa após um longo dia de trabalho. Ainda sem ter se desligado totalmente dos problemas na firma, ele abre as trocentas fechaduras e entra em casa acendendo a luz. A claridade o traz de volta a realidade, e só então repara que a sua sala se encontra de cabeça para baixo: almofadas atiradas pelo chão, revistas e jornais espalhados, gavetas entre-abertas com folhas e envelopes caídos por perto. O rastro de desordem seguia até o seu quarto, instaurando o caos que orgulharia o mais exigente dos físicos.

Se fazia evidente que, durante a sua ausência, alguém não estivera ali naquele dia. É, não estivera...

- Tche! Eu ainda mato esta empregada!

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