sábado, 21 de março de 2009

O cavalo manco

Deoclécio afiou bem a faca e seguiu, a passos firmes rumo ao galpão. As bombachas traziam respingos de sangue de antigas castrações. Era hábil na arte de castrar potros, e aquele potrinho feio, manco e de pelo sujo seria apenas mais um a ser ´´beneficiado`` pela faca carneadeira. Num relance, um coice, e a faca parou cravada no cós da bombacha que, vermelhando, denunciava a tragédia....E Deoclécio, quem diria, de tanto castrar, um dia saiu castrado.

(por Rodrigo Bueno)

Um comentário:

Rossana disse...

Um dos melhores contículos que já li!!!
Parabéns Rodrigo!