terça-feira, 18 de novembro de 2008
No fundo do poço.
Roger, saindo da lavoura em que trabalhava, tropeçou numa mandioca e caiu num poço artesiano que tinha por ali. Por sorte, ou azar, ele estava meio vazio, ou meio cheio. De qualquer modo, Roger permaneceu ali, no fundo do poço, por algum tempo. Uns 4 anos, eu diria. Foi resgatado quando escavaram o local para construir uma grande avenida. Ele se alimentou de minhocas e pequenas aves que às vezes caíam por ali. Passou 4 anos tranqüilo. Sem incomodações, sem chefe, sem família interesseira ao seu lado. Quando saiu do poço, descobriu que não tinha emprego, sua esposa já era viuva de outro homem e tinha mais 2 filhos, e que sua marca de bala de goma favorita havia sido extinta. Ao perceber que, agora sim, estava no fundo do poço, Roger não teve dúvida: procurou um aconchegante poço artesiano para se instalar por mais um bom tempo.
2 comentários:
Como uma amiga minha disse... a gente cai, mas levanta!
Ótimo!
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